quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Ilha


Li recentemente em um livro, que contava a história sobre o diário de John Paton, um missionário do século passado. Paton e sua esposa foram chamados para ministrar numa ilha obscura onde nenhum missionário tinha ainda posto os pés. Ela era habilitada por canibais e caçadores de cabeças cruéis.
Enquanto viajavam para o seu destino, o capitão do navio tentou dissuadi-los. Ele não tinha coragem de deixar o jovem casal naquela ilha medonha. -Vocês não podem fazer isso!,- disse ele. Mas desde que estavam realmente decididos, não teve outra alternativa senão colocá-los num bote e ficar observando tristemente enquanto remavam em direção à praia.
John escreveu em seu diário como via, todas as noites, os nativos os vigiando por entre as moitas, mas eles nunca atacaram.
Algum tempo mais tarde, a mulher e o filho de Paton morreram durante o parto. Ele os sepultaram na praia e depois dormiu sobre as sepulturas, a fim de que os canibais não comessem os corpos. Mais tarde, um canibal foi expulso da tribo e ele e John ficaram amigos.
John viveu lá por mais de trinta anos. Eles escreveu, "Cheguei ao som dos tambores dos canibais e vou embora ao som dos sinos da igreja".
No dia de sua partida, o chefe da tribo lhe disse, -John, há uma coisa que nunca lhe perguntei. Você se lembra do dia em que chegou aqui e acampou na praia?
-Sim.
-De quem era aquele exército que rodeava você e sua mulher todas as noite?


A proteção de Deus está conosco sempre. Fico, porém, imaginando se ela não se aproxima um pouco mais na escuridão sombria. Fico imaginado se Ele não chega mais perto quando estamos com medo e não achamos o caminho, procurando encontrar a Sua mão no escuro.
É isso que se pode esperar de um Deus que trabalha até no turno da noite.

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